Atenção que agora, além de Faísca e Magana da Moça, sou também Lady of Glencoe, digna proprietária de 1m2 nas Highlands da Escócia. Uma unha de terreno que me encheu de alegria. Os saltos que dei quando recebi esta prenda de natal da parte da minha cunhada Cristina. Quem leu a “5 à Sexta” do dia 25 de Novembro, viu a dica que dei para uma prenda excêntrica ao amigo secreto neste Natal. Eu a pensar que o meu amigo secreto não constava na lista de subscritores e afinal deu-me esta alegria. Não é pelo título em si. É pelo sentimento de pertença e cuidado de uma reserva natural.
O que nasceu de uma ideia peregrina de Peter Bavis e sua filha, de vender pequenas parcelas de terreno de uma quinta familiar nas Terras Altas escocesas, com o propósito de financiar a plantação de árvores e reconverter uma quinta onde apenas existia relva, numa reserva natural onde pudesse ser restabelecido o equilíbrio da natureza, tornou-se numa empresa familiar com mais de 500ha de terreno convertidos em reserva natural com a ajuda desta ideia extraordinária “venda de títulos” para angariação de fundos para a conservação ambiental:
- Ajudar a proteger e encorajar a proteção da flor e da fauna na região de West Highland Ocidental
- Fornecer um serviço à comunidade local
- Fornecer apoio educacional às escolas e organizações locais
Podes comprar 1 m2 de terreno a partir de €36 e tens direito a um título de Lady ou Lord, direito a gerir e a desfrutar da tua terra, visitar o teu terreno quer virtualmente quer pessoalmente e votar em temas importantes à gestão das parcelas, entre outros. Espreita aqui.
Fazer parte desta comunidade e beneficiar de uma verdadeira experiência como proprietário, dá-nos um sentimento de pertença muito grande, tenha o terreno o tamanho que tiver. Dá-nos um propósito e torna-se ainda mais especial saber que é transmissível aos nosso herdeiros. Adoro a ideia.
O meu sonho agora é conseguir comprar mais uns metros quadrados, o suficiente para mandar plantar 1 árvore e instalar um banco com o nome da nossa família “Os Faiscas“. Já me imagino sentada no banco a fazer o meu café, com o Bruno ao meu lado a observar aves e os miúdos a espantarem a passarada toda. Ou então não, nessa altura já devem de andar atrás das filhas dos vizinhos.